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Papo de coração furado
Luzes e nostalgia
sábado, novembro 20


   Era noite mas havia luz em toda parte. Luzes de todas as cores: amarelo, vermelho, azul, verde. Algumas giravam, outras piscavam, numa dinâmica de tirar o fôlego. Lembro-me de uma série de rostos sorridentes e lembro-me que nenhum deles era o meu. Aquele momento não fazia sentido se meu coração não estava lá. Minhas tentativas de felicidade de nada adiantavam, pareciam servir apenas para expandir minha tristeza. As pessoas trafegavam, esbarravam no meu corpo inerte e eu nada sentia. Os brinquedos rodavam, gritos ecoavam, cerebelos confundiam-se. E eu era nada mais que um ponto disperso. As horas passavam e, por mais que o meu coração parecesse próximo, eu tinha consciência que não: ele era como o infinito que não podia ser alcançado. Então o possível resolveu pregar uma peça e deixou o impossível acontecer. O meu coração aproximou-se, abraçou-me e disse que tinha errado em deixar-me. Ele estava certo. Como um corpo pode funcionar sem o seu coração? Desse momento em diante todos os rostos que passavam pareciam tristes perto do meu sorriso. Eu não era mais vazia, nem confusa, nem um corpo inerte. Eu estava novamente completa. E foi assim que aquela noite iluminada naquele parque transformou-se numa lembrança que transformou-se numa gostosa nostalgia, na qual sempre saúdo com um sorriso no rosto e um aperto no peito.