Epifania
segunda-feira, dezembro 6
Está cada vez mais difícil acreditar. Nós somos uma geração perdida, vazia, sem ideais e melancólica. Legítimos burgueses sem religião. Temos pelo que lutar, mas nos falta vontade. Estamos afogados na inutilidade, acomodados em nossas cadeiras, fazendo do mundo virtual a nossa realidade. Somos como um pássaro que, iludido com a segurança que as grades lhe proporcionam, esquece como é bom voar. Mas a culpa não é em total sua. Às vezes o pássaro quer subir tão alto quanto as nuvens, quer viver e seguir o curso dos ventos, mas há sempre uma força maior que o impede de ir mais longe; uma força que o prende.
E o pássaro volta a sua condição inicial: sedentário solitário otário.
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