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Papo de coração furado
Tão certo que dói
quinta-feira, dezembro 9

   Tudo o que eu desejo é voltar àquela madrugada quando nós éramos apenas mais duas pessoas apaixonadas, de certo modo desconhecidas, mas felizes. Lá, naquela casa de praia, naquele alpendre, banhados pelo luar, foi onde meus lábios conheceram os teus. As horas que antecederam foram de nervosismo, impotência e timidez. Éramos duas pessoas com um só desejo, mas duas pessoas covardes. Você era tão perfeito para mim que assustava. Assustava-me  pensar que um dia eu estragaria tudo com os meus defeitos, com a minha mania de afastar as pessoas, de amar com o cérebro e não com o coração. Talvez aquele foi o momento em que eu mais me senti viva. Foi um dos poucos em que eu tive certeza de algo. Eu e você. Não existia nada mais certo nem menos errado. Você e eu... Agora dói. 
   Meu medo se concretizou e eu te afastei. Mas é que você me ameaçava de um jeito que me deixava sem razão, e eu temia. Não parecia lógico que eu me apaixonasse e desapaixonasse por você todas as semanas, ou que minha capacidade de formular frases com coerência falhasse todas as vezes que eu tentava falar com você. Você me confundia, transformava-se em um quebra-cabeças que eu não conseguia montar. Você me deixava neurótica, impotente, impaciente, estranha. Eu não tinha controle, não sabia como lidar. Tinham me dado um jogo sem manual de instrução.
   Eu entendo agora... Mas agora já não importa.