Carta pra meu bem
sexta-feira, fevereiro 18
Mossoró, 18 de fevereiro de 2011.
Querido amor,
estou escrevendo esta carta sem saber exatamente para onde mandar. Peço-lhe que me dê notícias o quanto antes, a espera esta sendo longa e eu começo a pensar que talvez esteja próximo o dia em que eu vou cansar de te imaginar, de te desejar. Então, por favor, apareça. Já perdi a conta dos dias que eu vivi apenas com uma lembrança fabricada; das noites que eu virei com promessas imaginadas. Sou a prova de que é possível sobreviver alimentando-se de ilusões, mas há partes de mim sedentas pelo concreto e eu acho que em algum momento elas me devorarão. Então, apareça, meu amor. Não me deixe esperando tanto tempo assim. Porque o tempo não só cura, ele também fere. E maltrata e faz arder. Meu bem, eu já te tive tantas vezes, e todas as vezes você me deixou ao despertar dos olhos. E foram noites tão bonitas, meu bem, você nem imagina. Já desejei nunca acordar. Mas, querido, não se preocupe. Eu estarei aqui quando você me encontrar. De braços abertos, de coração limpo. Eu estarei aqui.
Atenciosamente,
um coração que bate.
Marcadores: carta
Notas |
2 Nota(s) de geladeira