A espera
terça-feira, fevereiro 15
O outono chegara mas se fazia de verão. As folhas não caiam, o ar não era sereno, o verde não tornava-se laranja. E a menina chorava. Ela se cansara daquele verão interminável, da tirania do sol, da perspectiva de consistência. Desejava novos ares, almejava mudanças. Estava farta de dividir seu quarto com o vazio ou passar o tempo com a melancolia; de contar estrelas com a solidão.
A menina espera alguém que perturbe seu coração, que complete seus pensamentos e a faça rir mesmo não havendo motivos. Alguém que entenda seus sinais confusos, suas negações dissimuladas, suas intenções sob entrelinhas.
A menina quer alguém que salve o outono raptado e destrua o falso verão.
Ps.: desculpem meus textos medíocres, estou num vazio enorme.
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