<meta name='google-adsense-platform-account' content='ca-host-pub-1556223355139109'/> <meta name='google-adsense-platform-domain' content='blogspot.com'/> <!-- --><style type="text/css">@import url(https://www.blogger.com/static/v1/v-css/navbar/3334278262-classic.css); div.b-mobile {display:none;} </style> </head><body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/6662582461255816258?origin\x3dhttp://sombrasporaqui.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
Papo de coração furado
Inacabado
segunda-feira, março 14

  Era uma noite fria e silenciosa. Havia poucos carros passando em um intervalo de tempo longo. Alguém poderia facilmente atravessar a rua sem precisar olhar para os dois lados. Porém, na esquina, uma pessoa esperava o sinal mudar de cor. Parecia calma, imparcial. A julgar pelos trajes e pelo cabelo amarrado num belo penteado, diria que vinha de um evento formal, de um casamento, quem sabe. Flagrei-me admirando-a, desde seu tornozelo que estava a mostra, à face, pálida e misteriosa. O sinal então abre e a mulher de vestido longo caminha pela faixa, aproximando-se lentamente. Não sei a razão para o que me ocorreu naquele momento e acho que nunca saberei. O que sei foi o que senti. E senti, subitamente, a frequência dos batimentos aumentando, minhas mãos suando frio; um nó na garganta. Comportamento estranho diante de alguém desconhecido, você deve pensar. Mas qualquer cristão se portaria assim, ao ver aquele par de olhos azuis claros, tão claros e brilhantes, azul topázio. Por uma fração de segundos pensei estar em outro mundo, quando aquelas esferas me fitaram. Voltei a mim e desviei o olhar para o semáforo, esperando o sinal verde brilhar novamente. Em condições normais eu continuaria encarando-a depois a cumprimentaria e chamaria para um café. Mas a minha mente dizia que nós pertencíamos a mundos diferentes. O sinal já não era mais vermelho e um carro parava próximo a faixa.

Marcadores: