Estranheza
quarta-feira, março 14
Patinho feio, anda sempre cabisbaixa.
Faz da calçada seu céu,
Põe seu calçado e dispara.
Passeia com seus pés,
Vai em linha reta,
Nunca olha pros lados,
Com os braços quase estáticos,
Sente-se tosca, troncha, torta.
Ao redor sente vento,
Movimento, descontento.
O peito aperta,
Ardem os olhos.
Passa um pássaro,
Passa um poste,
Passa um homem.
Mas a tristeza não passa...
A estranheza não vai...
Patinho feio; nunca se encaixa.
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