Você
segunda-feira, junho 18
Como um muro, um muro transparente. Às
vezes oscila parece desaparecer mas volta. Insiste, se choca. O impacto é
duro mas quase não se faz perceber. Ele paira, separa, distancia. Mas
meu corpo insiste, minha pele tenta grudar, se estabelecer. A gente que
quer dar nome a tudo diz que é tristeza, eu digo solidão. Eu finjo que
tem cura e que sou eu quem pode curar. Mas você insiste que não que não
tem como ser feliz. Porque eu vi sublinhado num dos seus livros de
cabeceira que por mais simples que possa parecer é impossível ser na
realidade.
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