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Papo de coração furado
[Des]prender-se
quinta-feira, julho 12

Se hoje choro, é porque um dia já sorri - por você -.
Se hoje te odeio, é porque já te amei demais.
Tanto te amei que enjoei; libertei teu barco do cais.
Soltei o nó que prendia teu corpo ao meu,
Cortei as cordas do teu abraço, separei-me do teu afago,
Como se separam os gêmeos siameses.
Vendi tua alma aos piratas,
E às sereias restaram só as lascas, 
A poeira e os pedaços do teu coração.
Pra mim sobrou a saudade, 
Sobrou o travesseiro afundado, os lençóis amassados,
Os sussurros mal captados
Na madrugada das corujas.
Sobrou uma mancha de vinho,
A penumbra das noites de lua cheia.
O uivo da matilha; as cartas de baralho.
Suas digitais...
Nos jornais, nos postais.
Na maçaneta da porta, na superfície da mesa.
Na alça da cadeira.
Na madeira da cama.
Na dimensão do cais.